sexta-feira, 21 de novembro de 2008

Poetas urbanos

Sabes de cor as palavras que te disseram à nascença? Eu não...
A minha percepção vai crescendo a cada segundo que passa. A cada segundo que passa, sinto que sei mais um pouco, é algo progressivo.
Acredito que quando o luto nos veste com roupa de gala, guarda num caixão um conjunto de várias palavras.
Penso que a sensação de "obra incompleta" seja algo comum. Digo isto, baseando-me que em 24 horas, nem dá para completar um simples parágrafo.
Fico sempre com a sensação que podia ter dito mais alguma coisa.
Se viver fosse matemático, a graça seria igual a zero. Seria tão fácil como pegar numas escadas e colher frutos de uma árvore.
Não foram uma nem duas, as vezes que colhi fruta envenenada em certos pomares.
Umas veze, por uma mera questão de aleatoridade, outras pelo simples prazer da curiosidade. Tem destas coisas, o ser humano. Muitas vezes chegam a ser mais cegos que o homem cego que andas pelas ruas a citar poesia. E ele é bem mais frontal que os poetas de quarto.
Os poetas de quarto são seres que necessitam de folhas vestidades de tinta para falarem por eles, que são as maiores más líguas do mundo. Transmitem tudo tudo.
o poeta cego é puro, fala porque sente. Não precisa de ver. Sente. Sente e diz as coisas mais tocantes do mundo.
Se a luz não existisse, o mundo seria mais puro. O mal foi inventarem os candeeiros, mania do homem, de ir além das necessidades.
Mania de preencher linhas a mais com espaço em branco.